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MINICURSOS

 

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I

MULTIPLAS FACES DO BARROCO NA AMÉRICA PORTUGUESA

 

Me. Michael Douglas dos Santos Nóbrega

(Doutorando – PPGH)

Me. Wellida Karla Bezerra Alves VieiraU

UFPB

 

A Idade Moderna compreende um período de grande fervor artístico-cultural. Nesse cenário, repleto de mudanças de sentido filosófico, politico e religioso surge o Barroco. Estilo que se desenvolve no cerne da sociedade moderna italiana e se perpetua nos países da Europa, se derramando no além Mar, transcendendo a ideia de um estilo, e sendo compreendido como uma cultura de época. A imagem tem uma inegável capacidade didática, pois é capaz de transmitir ao indivíduo que a observa cenas que remetem à memória, e também possibilitam introduzir novos conhecimentos a este observador, pois como lembra Alberto Manguel, “[...] As imagens, assim como as histórias, nos informam” (MANGUEL, 2001, p. 21). Segundo Peter Burke, as imagens têm importância, pois são informações mudas que caracterizam e podem, muitas vezes, ser autoexplicativas e possuir informações em suas entrelinhas e em seu contexto, “pinturas que foram realizadas para despertar emoções podem seguramente ser utilizadas como documentos para a história dessas emoções” (BURKE, 2001, p.60). Desfragmentando as experimentações artísticas em busca de sua essência, possibilitando uma leitura interna da obra. O objetivo desse trabalho é apresentar o barroco e discutir as questões estético-filosóficas que preenchem esse imaginário colonial. Dessa forma, o presente curso tem o objetivo de explanar as experimentações artísticas do barroco litorâneo e interiorano, na esfera colonial.

Horário dia 31 de agosto das 19h até 21h; 01 de setembro das 18h30 às 20h.

 

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II

PENSAR, ESCREVER E PUBLICAR: FONTES E ABORDAGENS PARA UMA HISTÓRIA INTELECTUAL NO BRASIL DO SÉCULO XX

 

Maicon da Silva Camargo

(Doutorando em História UFG)

Eva Cristina Franco Rosa dos Santos

(Mestranda em História UFG)

 

A proposta desse minicurso é um estudo das fontes e possibilidades de análise que partem do campo intelectual modernista de Tarsila, Oswald e outros em seu modus operandi aos romances introspectivos de Clarice Lispector. A abordagem com ênfase nos periódicos demanda o estudo de características próprias de sua dinâmica específica de produção, editoração, publicação, redação, burocracias, padrões estéticos, revela locos de sociabilidade e questões para a temporalidade. Na outra mão, abordaremos a literatura no interior do seu processo de composição estética a fim de compreendermos melhor o estatuto desse discurso bem como as reflexões possíveis para a escrita da história. Assim, as fontes periódicas e literárias permitem lançar luz sobre a história de grupos intelectuais, como os modernistas, e seu modo de costurar a vida.

 

Horário dia 31 de agosto das 19h até 21h; 01 de setembro das 18h30 às 20h.

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III

INTRODUÇÃO À HISTORIOGRAFIA ESTADUNIDENSE: WESTERN HISTORY, CONSENSUS HISTORY E A MYTH AND SYMBOL SCHOOL.

 

Me. César Henrique Guazzelli e Sousa

Doutorando – UFG

 

No campo disciplinar da História, o meio acadêmico brasileiro tem grande familiaridade e afinidade com a historiografia produzida na Europa, particularmente França, Alemanha e Reino Unido. Contudo, desconhecemos a maior parte das teorias, conceitos e metodologias que os Estados Unidos utilizaram e utilizam para dar sentido ao seu próprio pretérito. Com base nessa lacuna, o presente minicurso objetiva fazer um panorama introdutório das principais vertentes historiográficas estadunidenses ao longo do séc. XX, contextualizando-as e explorando os seus principais aspectos conceituais, heurísticos, metodológicos e interpretativos. Serão discutidas a Western History, a partir das ideias de F.J. Turner, a Consensus History, alicerçada sobretudo nas objeções de Richard Hofstadter à matriz teórica de Charles E. Beard e, finalmente, a myth and symbol school, baseada sobretudo nas reflexões de Henry Nash Smith, Alan Trachtemberg e Leo Marx.

Horário dia 31 de agosto das 19h até 21h; 01 de setembro das 18h30 às 20h.

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IV

HISTORICISMO E ESTRUTURALISMO: O DEBATE E SUA ATUALIDADE.

 

Dr. Luiz Sérgio Duarte da Silva

Universidade Federal de Goiás

 

Trata-se de reconstruir a discussão sobre narrativa e pesquisa do passado nas obras de Jörn Rüsen e Franklin Rudolf Ankersmit. 

 

Horário: dia 31 de agosto 8h às 9h30 ; dia 01 de setembro 8h às 10h.

 

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V

INTERCÂMBIOS CULTURAIS PORTUGAL-BRASIL: JOÃO DE BARROS E AS RELAÇÕES LUSO-BRASILEIRAS (1912-1922)

 

Dra. Luciana Lilian de Miranda

Pós-doutoranda UFG

 

O minicurso visa problematizar os intercâmbios entre intelectuais portugueses e brasileiros nas primeiras décadas do século XX. O personagem central a ser analisado é o escritor português João de Barros (1881-1960), em suas parcerias com outros representantes do mundo das letras. Dentre os objetivos, visamos estabelecer um diálogo acerca dos conceitos, análise de fontes e metodologias de pesquisa vinculados aos campos do saber da História Intelectual e da História e Literatura.

 Para isso, buscaremos recuperar o percurso desse reconhecido escritor-cidadão, poeta, pedagogo, publicista e republicano português, enquanto protagonista da campanha pela aproximação cultural luso-brasileira, nos anos de 1912 a 1922.

 

Horário: dia 31 de agosto 8h às 9h30; dia 01 de setembro 8h às 10h.

 

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VI

MANOEL BOMFIM E A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA: CULTURA HISTÓRICA E USOS DO PASSADO

 

Dr. Luiz Carlos Bento

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

 

Esse minicurso pretende problematizar a partir de uma reflexão sobre os ensaios históricos de Manoel Bomfim (1905 e 1932), a sua crítica em relação à cultura historiográfica brasileira. Seus ensaios históricos buscam negar a representação do passado nacional produzida pela tradição do IHGB a partir do sentido histórico pensado por Martius e Varnhagen. Ao negar a escrita da história produzida pelos institutos, Bomfim sinaliza para a necessidade de repensar o passado brasileiro dando voz para outros personagens que estavam ocultos na historiografia dominante. Dessa forma procuraremos ao longo do curso problematizar a relação crítica entre Manoel Bomfim e a historiografia brasileira dos anos 20, buscando evidenciar sua reflexão sobre os usos políticos da representação histórica do passado brasileiro.

Horário: dia 31 de agosto 8h às 9h30; dia 01 de setembro 8h às 10h.

 

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VII

DITADURA MILITAR E O ENSINO DE HISTÓRIA: UM DIÁLOGO ENTRE O PASSADO E O PRESENTE

 

Me. Vanessa Clemente Cardoso

Doutoranda PPGH

 

    O historiador é cientista e cidadão simultaneamente, cientista ao escrever a história e cidadão ao fazer história juntamente com as demais pessoas. E, Embora busque a imparcialidade, não pode escamotear o seu lugar cultural, social e institucional de fala. Há um envolvimento por parte do historiador na compreensão histórica, ou seja, toda escrita da história está associada a um ponto de vista composto por lugar, tempo e individuo.

    Assim, representações diversas podem ser construídas sob um mesmo documento, vislumbrando a verossimilhança. Ademais, ao questionarmos o esquecimento nos deparamos com o problema da memória que é justamente a sua “possibilidade” (ou não) de fidelidade com o passado e a grande dificuldade do historiador em exercer o julgamento histórico de forma imparcial, é neste sentido que a ciência histórica pode se apresentar em variadas formas.

    O esquecimento pode ser um recurso da história e da memória quando problematizado com as nossas relações com o tempo e também com a condição histórica (“fazemos a história e fazemos história porque somos históricos”), ou seja, a escrita da história sempre poderá descosturar um passado já cristalizado (RICOEUR, 2007). Porém só há esquecimento onde houve rastros e os rastros não falam por si. É por meio da narrativa histórica que um sentido possível surge. Conforme Reinhart Koselleck (2006), os rastros são responsáveis pela ligação entre o espaço de experiência e o horizonte de expectativa, por meio deles é dada ao historiador a possibilidade de, mediante da imaginação, retornar ao passado.

    Assim, diante do passado esquecido e da memória forjada acerca da ditadura militar, a proposta deste minicurso é abordar a repressão sofrida nas universidades brasileiras, bem como o ensino e a escrita da história neste período. Além disso, o minicurso propõe atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula com essa temática. Ademais, diante das infinitas possibilidades de compreensão que podem ser concebidas, buscaremos por meio das interrogações do presente, a reabertura do passado da história.

Horário: dia 31 de agosto 8h às 9h30; dia 01 de setembro 8h às 10h.

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VIII

INTRODUÇÃO AO OFÍCIO DO MEDIEVALISTA

Dr. Guilherme Queiroz de Souza

UEG

O minicurso tem por objetivo desenvolver uma introdução à pesquisa em História Medieval. Numa abordagem interdisciplinar, propomos discussões de questões teórico-metodológicas sobre o medievalismo. Para isso, os diversos campos de pesquisa (Exegese, Iconografia, Linguística, Literatura, Simbologia, Tradução, etc.) serão observados à luz das ferramentas teóricas do medievalista. Também estudaremos a evolução dos estudos medievais no Brasil (especialmente em Goiás), além das contribuições das principais correntes historiográficas. Em outras palavras, buscamos estudos relacionados ao Ofício do Medievalista, tema que chegou a ser pauta do IX Encontro Internacional de Estudos Medievais da ABREM, em Cuiabá (UFMT, 2011).

Horário: dia 31 de agosto 19h até 21h; dia 01 de setembro 8h às 9h30min.

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